Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos


Imagem: Arte Mara Pontes


CÁRCERE
Marlene Constantino

Os vendavais que te levaram
aos mais impensados atos
não condiziam ao amor liberto.

A alma ardeu e a lava escorreu
a paixão que alucina e te fez algoz
dos sentimentos, os mais primitivos.

Liberta o teu coração das grades
que isolam o teu eu inocente,
pois tornastes um ser vil e ultrajado,
mais um ser largado e atirado
nas alcovas de um cruel destino.

Vitima da tua própria insensatez,
tornastes mais um enforcado nas cordas
da tua própria incapacidade
de reconhecer o amor, como fonte de vida.

Mais um que entrega o coração
na mira do punhal, que tu rasga e dilacera
todo o seu poder de viver a liberdade?

Entregue estás ao covil dos mais terríveis assombros,
frente aos medos mais incontrolados, sombras,
que esmagarão tu'alma com ásperas mãos.

E, vozes que te acusarão, dedos que te apontarão,
ladrão que és do poder, que só a Deus é de direito,
a tua energia vital e a de outrem.

20/10/2008


 
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 24/10/2008
Alterado em 14/09/2017
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