PARTES QUE NÃO SE REPARTEMMarlene Constantino^A^¤Söl*®
Esse lado negro perturbador que tento negligenciar, imagem deturpada na outra face do espelho, meu ser benevolente tatuado por parasitas.
Esse é o jogo que me custa entender: - O duelo constante com o contraditório.
É o que a vida me impõe, mover a melhor peça do tabuleiro, até que as impurezas caiam por terra.
Sou anjo e demônio, o bem e o mal que digladiam-se, jogam-me por terra, vencida. Espelho meu, diga-me quem sou? Duo ou uno?
Dou a mão aos meus demônios, visto-me de pureza e lanço-me ao mundo?
Vim do escuro pra ver o pôr do sol. Sou luz ou escuridão?
Preciso me despir, frente ao meu reflexo, em paz comigo e dizer: - Espelho, espelho meu, eis-me aqui, não me envergonho da minha cara lavada. Sou um ser completo com os meus opostos, conjugando a minha dualidade em perfeita evolução e aceitação de mim mesma.
27/10/2008