A louca andarilha
Marlene Constantino
Tão louca, maluca, varrida,
vivia no insano mundo, hospício de vidas...
Seria ela o avesso da humanidade?
Ou o próprio homem em seus múltiplos espelhos
ou apenas um ermo caminhante
numa selva vazia de ideais e certezas?
Era ela um horizonte vestido de realidade.
Era a paisagem pintada na tela dos olhos
em branco e preto.
O estranho " Eu" perdido nas profundezas
de um oceano sem arco-íris.
Para aqueles olhos cheios de tudo e nada
Para aquele coração vazado em espinhos
Para aquela alma num cobertor de tristeza
Para aquela face que o sol não beijou.
Para aquela que a vida partiu, partida!
16/04/2010
Reprodução de um fato real extremamente triste
no nosso cotidiano, algo que na maior parte dos olhares,
se tornou corriqueiro e muitas vezes nem mais sentido,
por tornar-se familiar à percepção,
que só volta a ser notado quando os olhos se deparam com aquele canto vazio.
Para aquela que a vida partiu, partida!
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