Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos


Imagem: Arte Neusa Suely

TURVA É A CHUVA
Marlene Constabtino

Fecham-se nas hastes as rosas,
Tremulam as águas
e eu curvo-me inteira.
Pensar não quero,
sinto um medo tamanho.
Não me peça para falar
porque as rosas
não se revelam assim;
ficam silentes,
choram um visgo rubro.
Eu no meu silêncio
choro o amor orvalhado
impiedoso espinho.
Sinto frio, arrepio
de mal agouro,
assim como as rosas,
trêmulo no vento,
descrente,
deserdo da voz a palavra;
Enquanto os olhos escorrem
emudeço, engulo a seco
o meu deserto.


06/08/2010
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 09/07/2015
Alterado em 15/05/2018
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