LAMENTO
Marlene Constantino
O tempo passa, passa tão ligeiro...
mais uma lua, mais um sol
De mim? Nada sabem.
Olho o relógio
conto as horas, minutos, segundos...
com minha espera não se importam.
O tempo passa,
no compasso de um silêncio...
no eco de um grito, no precipitar da vida,
na lágrima engolida.
Das minhas frágeis asas o que sabem eles?
Será pecado sonhar...
Querer que o dia termine com uma porta aberta?
Frio descaso, vem rasgar meu chão de estrelas.
Mais uma lua, mais um sol
e tudo se repete...
aos ouvidos o som da flauta desenhando o fim.
14/07/2011
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