AH MEU ETERNO PORTUGAL
Marlene Constantino
Tantas e quantas vezes
quis aportar em ti
Num alcançavel abraço.
Nutrir raízes
que em terras distantes deixei
no acenar das caravelas.
Ecoar no subterrâneo,
nas profundas e escuras tabernas
meu fado triste.
Do canto doído sem canto...
Quantas vezes
o coração descalço de ti
desviou, se evadiu...
No embarque
e desembarque da vida
tu me destes o largo oceano.
A inspiração,
o sangue na veia
e o coração a pulsar.
Tatuou em minha'alma
o ardor, o acender da chama
dos meus ancestrais.
Ah meu caro e eterno Portugal
um dia hei de nascer
e crescer em ti.
02/10/2011