Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos



RITUAL DAS PALAVRAS
Marlene Constantino

  Fervem em água e sangue
      meus afetos e desafetos.
      O que não escorre por fora
      jorra por dentro.
      O que os meus olhos não vêem
      faz-se canto.
      Acham-me louca em meus rebentos?
      Sou poeta
      Rasgo a roupa como se fosse teia
      moldo o chão como se fosse meia...
      Beijo as flores como quem beija a agonia.
      Lambo as águas desta maresia.
      Sou poeta e pronto
      Meu grito solto é mar em alforria,
      Salga as letras, adoça o pranto.


      09/08/2010


 
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 07/07/2016
Alterado em 18/12/2016
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