TÃO AUSENTE
Marlene Constantino
Ah, quantas vezes você suspirou gelado,
ou esteve só e deu de cara com a solidão?
Ouviu a noite gemer abafada
um canto antigo, tão cheio de dor e beleza,
ou escutava sem saber se era
um convite à vida, ou um lamento...
Esperava, sem ao menos saber o que se espera,
pois a noite às vezes é tão cheia de lembranças
e tão vazia de esperanças. A mim tão muda.
Ah quantas horas rasgadas!!
O que se podia esperar da sorte quando
tudo se perdia naquele olhar de águas frias.
A mim tão ausente, que naquele pálido sorriso
morria meus sonhos d'ouro.
Não por favor, respostas não espero,
nem que me acudam, por ora o pranto.
deixem-me aqui com minh'alma pensativa...
25/07/2009