Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos


Imagem: Arte Mara Pontes


SEM PENA
Marlene Constantino

Não sei se vale a pena escrever poema,
deixar escorrer este rio de sentimentos,
traçar os caminhos  na direção do vento,
deixar vazar e descrever o peito em pena.
Explicar o porquê do calor e da friagem do corpo,
no momento corrompido pela dor.
Dos sorrisos no espelho, miragem sem cor
camuflando verdades, insinuando coragem.
Angústias maquiadas, efeito purpurina.
Nem sei se vale a pena semear sonhos
em canteiros inférteis só pra iludir rimas,
fantasiar o germe de rosas sem espinhos.
Eu quero fazer a pena soltar dos presídios,
 dar penalidade máxima à alma, sem piedade,
cruas verdades, com efeito lançar na face nua.
Só quero fazer valer a pena o claustro da dor,
sem cheiro de flor, na ânsia de poder um dia
definir, distinguir no verbo o perfume do amor.

30/12/2007
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 17/01/2017
Alterado em 17/01/2017
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