NUVEM DE FUMAÇA
Marlene Constantino
Um sopro, a fumaça passeia
por entre brumas...
Ah quantos sonhos inda por viver!
Meu corpo, inerte sob nuvens desfeitas,
tão cheio de urgências...
Frágil é o instante em que a poesia
brinda mais uma alegoria... hora em que
os olhos cerrados, dá forma ao distante.
Nota intocável, inalcançável...
Meu canto, um gorjeio ecoado longe,
acordando minh'alma triste:
-Ocultos pensamentos de um só...
-Dor que finge não doer tanto...
-Nó atado nas redes do inconsciente...
-Saudades de lá, aonde nunca estive.
27/03/2010