Imagem- Arte Auber Fioravante Júnior
NA SOLEIRA DA PORTA
Marlene Constantino
Cá estou
para saciar-lhe com os meus versos
e que sejam eles, cânticos de amor.
Dou-lhe,
pontes para atravessar os vales
e asas para subir ao céu.
Que a tristeza
seja a arte, que faz rugir os ventos,
para mais tarde nos encantar com o mar.
Cá estou,
não lamente o murchar das flores
pois elas sabem recomeçar,
assim como o amor.
Cá estou
onde sempre estive, na soleira da porta
a espera do acaso,
em busca do espaço, o abraço que ainda vem.
30/08/2017