Imagem: Arte Mara Pontes
AH CORAÇÃO!
Marlene Constantino
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Ah coração,
procurou por ela, não a encontrou?
Virou pássaro escapou.
Gritas agora no vazio
ouvindo os ecos do teu desespero?
Perdestes o chão, o céu ?
O que era para ser azul ficou cinza
e se desfez com teu desdém.
Logo vieram os demônios, varreram tudo
pelos ares e a levaram...
Foi assim, não foi?
Os olhos dela morriam a cada instante...
Foram dois luzeiros perdidos na escuridão...
Anjos pendurados nas trancas do teu abraço.
Sem ti, noite e dia ela tecia as asas,
preparava a fuga para bem longe,
suave descanso no azul do céu.
Não há mais tempo, nem recuperação,
ficou o dito por não dito
o que foi escrito com emoção.
Foram gestos castrados,
som censurado no auge da expressão.
Hoje sabe-se que ama calado,
mergulhado no silêncio, o seu coração.
01/05/2011
♦♦♦
A árvore balança, o galho quebra
a folha segue a direção do vento.
♦♦♦
E O CORAÇÃO...
Marcos Sergio T. Lopes
Enlouquecido.
Ergueu seus muros
Diante de urros ecoados ao vento.
Não...Não sente.
Morre um tanto mais a cada instante.
Vagueia indecente
Demente me tirando o chão.
Leva-me por caminhos imprecisos
Molha meus risos.
Depois se recolhe
Enquanto me encolho
Diante da luz que parte.
Morro sempre um tanto
Ele se aquieta...
Depois; rebelde
Faz uma outra tentativa
Brinca de esconde - esconde
Deixando o adeus castigar uma vez mais
Já que não gosta dessa rebeldia
Desse ladino que nunca se cansa de insistir
E depois ficar no peito
Até a dor não mais doer.
02/05/2011
Marlene Constantino e Marcos Sergio T. Lopes