senão o silêncio apertando o peito.
O gosto amargo na garganta...
esta vontade inanimada no leito
sem o sabor de festa.
O que pode restar dum querer
que não ousou existir?
Dum amor rasgado como se
insignificante fosse?
O colo continua vazio,
tal qual deixou...o riso preso no tempo
o abraço largado ao vento...
Nada resta...
senão o inverno de um vil desgosto.
O que pode restar?
se além deste amor não há mais nada?
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 23/05/2019
Alterado em 23/05/2019