Imagem: Art Mara Pontes
ESTRELA
Marlene Constantino
Às vezes falo de estrelas
daquelas que vejo à noite
e sonho de dia.
Da luz que acende o céu do mundo
ilumina o vazio do peito.
São todas tão parecidas
são olhos de fogo na minha solidão.
Algumas tão fugidias
escapam do céu, escorrem doridas.
Tão logo,
tudo foge ao controle
revira_volta numa eterna agonia...
Os olhos reclamam sorriso e canto
sonham o lusco-fusco das madrugadas.
Veja, são tantas
Estrelas enfeitando o vago do terraço
enquanto debruçada, des_faleço
na inútl beleza do inalcançável.
Ah se o coração pudesse explicar:
- Estrela,
por que te quero tão minha?!