No limite eu canto
Marlene Constantino
Minh'alma
vive sonhos de primavera
sobrevoando a mais alta colina...
Tocando nuvem, ouvindo anjos,
banhando-se no orvalho da manhã...
revigorando-se, cantando verso,
abraçando o sol.
Em torno do fogo, dança.
Enquanto a carne padece
nos liames do corpo a dor acontece,
fazendo gemer o sangue nas veias.
Não é doce o sabor dos momentos
amortecidos de canto...
Minh'alma busca o vago, o universo,
uma palavra fertilizada recitada em verso...
Canta um gemido, geme colorido.
A dor é minha... O poema é lirismo
e eu vos dou cheio de encanto.
02/04/2009