Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

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PERDIDA_MENTE BÊBADA
Marlene Constantino

 
Perdoa, se estou vendo um tanto destoado.
A vida, dia após dia, se esvai em fumaça.
 Perdoa, se rompo com esse trato, o destino
também se cumpre em hora fatídica.
Explicação pra quê?
 
Se, o mundo das palavras também,
se corrompe, ilusões ou verdades inexatas,
confusões, pensamentos misturados.
Deixo-me ir nesse laço afrouxado.
Sem compromisso?
A garganta engoliu o último gole,
os olhos chorou a última lágrima,
 
a boca vomitou o último grito.
Fui o último bêbado a cambalear.
O último?
Dizem que os últimos, serão sempre os primeiros.
Não sei, tudo gira lentamente, ainda tentando ver
os ponteiros do relógio, avançar nas horas...
 
23/06/2008


 
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 06/07/2016
Alterado em 14/05/2018
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