Imagem- Arte Mara Pontes
EU
Marlene Constantino
Eu sou a palavra que o meu verso atina.
Broto por dentro, transbordo para o lado de fora,
vivendo tudo o que morre, pouco a pouco
nas esquinas d'um momento chamado vida.
Sou as águas que dos meus olhos escorrem,
de dentro para fora, que se debulha como flor
em alegria e dor... Cruz e espada sou.
Sou o provável e o improvável do sonho,
que o cotidiano abre e fecha atrás de um manto
chamado esperança;
Sou o querer e o desespero atrás de um pranto
chamado espera.
No brilho, d'um olhar distante, talvez seja eu
num codinome 'Alguém'...
Marlene Constantino
31/12/2009