Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos



“Sou entre flor e nuvem, estrela e mar. Por que havemos de ser unicamente humanos, limitados em chorar? "  (Cecília Meireles)
 


PEGADAS – Marlene Constantino
 
                
                Hoje, mais uma vez me deparo olhando o horizonte, pés na areia, brincando com as ondas que vêm roçar os meus pés. È tão lindo o mar, mesmo quando não está azul, refletindo um céu cinzento.
               Interessante como a brisa do mar tem o poder de trazer tantas recordações, tantos sentimentos, tantas visões e, não importa se real ou sonhos, há sempre algo muito forte a me carregar para os braços do oceano.
               Continuo caminhando, mas o pensamento é alado, vai muito além dos pés. Mesmo eu sendo este ser pensante, desenfreado nas idéias, algo me diz: - “Vai devagar”.
               E, eu vou, colhendo pedrinhas coloridas, conchinhas,  me consolando com os quero-queros. Uma forma de pousar no solo e ali permanecer.
               Deixo-me ficar assim, meio que congelada, e sei que a alguns passos dali o coração vai bater novamente e dizer:- Continue sonhando, mas viva.
               Assim vou, seguindo e deixando pegadas na areia, sonhando alto porque sei, que mais adiante, vou desenhar aquele horizonte: - Você, eu, um livro, um poema. Desenhar por um momento o encanto das ondas do mar, enquanto a beleza for a bailarina do instante.
 

Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 20/04/2018
Alterado em 07/10/2022
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