Como o apagar das velas o sol se vai,
mais um pouco o olhar da lua.
Nem começo nem fim, talvez um meio
de satisfazer os caprichos da vida.
Como dormir e acordar
respirar pra não morrer de tédio.
Eu não termino em ti, nem tu em mim
mas sei, andamos perdidos nos vãos de nós
entre a poeira e a luz.
Parece louco o pensamento,
mas é como se fosse um labirinto
e fazemos o jogo dos contrários.
Precisamos nos perder para nos encontrar.
Fechar os olhos para amar.
Começar para terminar... Viver para morrer.
E se me perder de mim e me encontrar em ti?
Será que isto já não é certo?
Sabe-se lá quantos olhos tem os luares?
Não...não posso me perder de ti...
de desgosto também se morre.
Contemplo o espaço, escondo o cenário
para não te ver no mundo da lua
e não chorar.
14/11/2009