SONO E FUGA
Marlene Constantino
Rasgou o silêncio o canto.
Soou aflito no verso...
Do riso, guizo esquecido,
canto tão meu, tão teu, sufocado em grito.
Destino esse, meio atrapalhado,
de pranto marcou o traço.
Um ponto de partida...
sem saida...
O arremesso, ou o abandono?
Canto confesso esse,
pranto perverso num silente verso.
No peito fechado, a alma em tropeço,
dor_mente cerrou o olhar.
Deu-se o passo em retrocesso,
da largada partiram-se os laços.
Tão triste esse horizonte...
nosso caminho de fugidios encantos.