Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos



SOLTA NO ESPAÇO
Marlene Constantino


Choro eu agora, tu chorarás também!
E que nossas lágrimas formem lagos de alegria,
pois que de chorar a triste maresia
se fez espinho a flor, que dos olhos brotam.

Hei de querer na mera despedida,
um jardim de açucenas e sempre-vivas.
Hei de voar no espaço desprendida,
diluir-me como o vento, nas horas, sem tempo.

Lembrar de ti? Quem sabe? Se de mim vago
sem pensamento, sem poeira e sem estrada.
Por que vens bater na porta, agora, poesia?
Não me reconheço neste irreal momento!

30/01/2010
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 24/02/2015
Alterado em 04/01/2018
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