Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos




NO BICO DA PENA
Marlene Constantino

Quem sabe
 
volte a sonhar com um sol diferente.
Por enquanto velo um sonho que se vai.
Deixo-o partir.
 
Com olhos chorosos, vejo-o
como uma flor decapitada e eu digo pra você,
é muito triste este cortejo.
 
A poesia congela nos ossos...
Deixa na alma um vazio imenso de palavras,
morre o verbo no bico da pena.
 
Falta-me o elo, o espelho do mar eterno;
Sinto como minha ave com asas partidas,
estirada num tapete de silêncio. 
 
Voarei ainda?
 
Quero voltar a ter o peito alado,
a poesia não se revela sem o infinito azul.
Oh minha ave por que tirou-me o canto?
 
08/03/2011
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 31/03/2015
Alterado em 03/12/2018
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