Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos


MODINHA AO LUAR

Um dia haverá de encontrar-me
oh felicidade!
num jardim forrado de bem me quer...
Há quem diz:
Que nem todos os vales são escuros,
nem todas as janelas se fecham para o sol.
Nem toda despedida declara
o fim da estrada
e que a lua só brilha para os enamorados.
Pelo sim, pelo não, fica assim:
saia por ai, jogue fora os beijos dados,
finja por um momento, que me esqueceu...
Aquele que parte um dia volta,
nem que seja para recordar
a velha choupana, deixada à sombra
de um ipê amarelo.
Como um bem-te-vi na varanda
vem ciscar farelos de lembranças...
Sei que tu virás...
Malandro é assim, vai e volta
como aquele beija-flor atrevido,
num impulso de querer trazer
o beijo molhado, com aquela
velha desculpa de quem saiu e esqueceu
de fechar a porta !

17/02/2010
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 16/01/2016
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