Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos


Imagem: Arte Mara Pontes

O POÇO
Marlene Constantino

 
O poço de boca escancarada,
 agita e chama...
e o canto da roldana, cala...
Nenhuma goteira.
Tudo silencia.
Parece que nem a grama respira,
ela ama um chuvisco...
Por onde ele anda, que não vem
Mergulhar
no encanto de um poço contente?
Jogar uma estrela nas águas
de uma boca carente...?
27/12/2009
 
 
"OCO"
Um olhar perdido no vazio
Um silencio só lambido pela brisa
Uma vontade impetuosa
Sacudindo sem parar.
Essa coisa silenciosa fazendo de mim sua casa
Nem sei o que penso
Melhor não pensar...
Já que não faz diferença!
Deixa que molhe tudo:
por fora e por dentro!
O lábio seco
Sem endereço...
Só vento e o pensamento
E o vazio vagando tão oco por dentro
 
Marcos Sergio T. Lopes
28/12/2009
 
... E, o poço de boca escancarada
grita mais um tanto,
como se quisesse mover a roda
da vida.
Sacudir, soltar as cordas,
ouvir a voz de um soluço molhado,
penetrando
as paredes secas de um olhar encolhido.
Ouvir um canto de glória
escorrendo
nas bordas vazias de um céu recolhido.
 
*Marlene Constantino*
28/12/2009
Marlene Constantino e Marcos Sergio T. Lopes
Enviado por Marlene Constantino em 01/03/2016
Alterado em 02/03/2016
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários



Site do Escritor criado por Recanto das Letras