Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos


Imagem: Arte Rita Lopes

RESTOS DE CHAMA
Marlene Constantino

Nós atados, laços apertados
tapas e beijos
chorando risos, gargalhando o choro
um opaco... um vazio...
para um resto de chama diz-se amém.
É tão contra_o_verso o que na mente 
não se faz esquecer.
Ah quantas sementes germinadas
em sepulturas infectadas, infecundas!
Sombreiam  risos esquálidos,
desencontrados e debochados...
não cicatrizam os cortes.
Degladiam-se e abraçam-se 
percevejos pelos cantos do quarto.
Vultos incendiários na cama vazia.
Ah podia ser menos profunda,
mesmo infrutífera as lembranças !
Menos doída a morte das estrelas,
mais amena nossas inconstâncias.
Mais um trago do uni_verso 
um gole a mais do veneno desperto
foi a recaída de um só!
  
27/06/2010
 
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 12/09/2016
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