Imagem: Arte Auber Fioravante Jr.
EU TE CHAMO SOL
Marlene Constantino
Ah o tempo! É um devorador de histórias
e eu não me importo com ele,
tenho que me ater às batidas do coração.
Importante é o que fica,
não o que se perde.
A cada Luar me ponho a pensar
até quando vou poder ver as estrelas,
caminhar na beira do mar,
sentir a brisa fria beijar meus olhos.
É tão poético o pensamento.
Sim, a noite inspira o meu nobre poeta,
Mas não é só de poesia
que o Luar clama e, muitas vezes chora
o suspirar das marés...e das memórias...
A correnteza vai
sob a chuva fina que parece infinda;
e a entrega à breve morte
que o sono leva ao amanhecer...
E eu não me canso,
te chamo Sol porque é preciso
ter muitas vidas para sanar as dores de cada dia.
08/05/2017
"A vida não precisa ser longa,
só precisa ser profunda..." (Madá)