Imagem :Arte Mara Pontes
A VIDA
Marlene Constantino
Trapaceou, passou rasteira
deixou-me à margem das suas ironias.
Convidou para dançar - dancei -
depois largou-me num canto sem passo.
Fez-me cantar - cantei.
No seu compasso, me iludi, desafinei.
Sonhos escorregaram pelo vão dos dedos.
Ah... quanto me deu e quanto me roubou?
Nem dei conta do quanto me rasguei em vis enganos.
Apunhalou meu coração, jogou-me no chão.
Ah! como ainda posso acreditar,
se suas garras me abraça,
depois lança-me num palco de ventanias?
Se pelas costas me atraiçoa
irônica vem e me diz que o baile acabou,
e o que era bom - O tempo levou?! .
25/09/2010