Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos


Imagem: Arte Sueli

VÁ, DEIXE-ME AQUI!
Marlene Constantino

 

Ah o que mais posso
ser pra você
se tudo que há em mim
é sobra
de desilusões constantes?
Já me acostumei com esta
vida rasgada,
com este frio cortante.
Nada em mim mais
há de vingar.
Deixe-me aqui 
lambendo feridas,
engolindo o fel, ao vinho.
Vá, leve consigo
 sentimentos regados a mel,
são fantasmas,
me apavoro,  grudam em mim .
Vá, deixe-me aqui
Rasgando as minhas vísceras.
Rejeito, padeço,
não grito,
não peço clemência...
Morro mas não digo que te amo !

 
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 23/10/2017
Alterado em 23/11/2017
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários



Site do Escritor criado por Recanto das Letras