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SEMPRE-VIVAS
Marlene Constantino
Mansamente sinto brotar sempre-vivas no meu coração...
E nem é primavera. É tempo para o amor.
Ontem, quando as estrelas ainda luziam no olhar,
quando o céu abraçava o mar e o mar sentia sede do sol,
as sempre-vivas vinham, abençoar os canteiros, frente às janelas da vida.
Ontem eu pude mordiscar o desejo, clamar ao coração que fosse coração.
Abria as páginas do amor, folheava as minhas vontades, ia além do oceano.
Ah! como mergulhava nos sonhos e ia muito além de sonhar.
Agora me vejo assim novamente, num gozo sem reparo cruzando o infinito,
tentando entender o canto da brisa tão longe e ao mesmo tempo tão perto de mim.
De repente estou a me ver assim, palpando as trilhas do coração,
Clamando que me tire do solo, e me abrigue num coração quente.
Então vem...
Como um deus ! Como um louco ! Como um poeta!
Enfeitar o meu céu com estrelas, cobrir meu peito com a tua ternura!
O Sol nos é comum, escreve-me como as sempre-vivas nas linhas do seu coração!!
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 11/12/2017
Alterado em 11/12/2017
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