Imagem: Arte Mara Pontes
UM CÉU PLENO DE LUAR
Marlene Constantino
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Seria hipócrita, se dissesse,
que não mais sinto a tua falta,
Seria negar as águas deste mar,
que inunda o meu coração.
Sou a lua que espera...
Da fala da minha insônia,
dos escorridos oceanos,
sou a lua que chora.
Seria hipócrita, se dissesse
que não mais te amo,
seria negar a minha existência,
romper com minha própria teia.
Se sou corpo e alma,
se sou o mortal e o divino,
suplico e exalto...
Do grito me faço palavra
que ecoa na mudez dos lábios
o óbvio, que em mim eclode.
Nessa noite, que num canto chora
um peito cheio de saudade,
sou lua plena de lembrança,
que te busca aonde a vida começa
e o uni_verso acaba.
25/04/2009