TORPE ADORMECER
Marlene Constantino
^A^¤Söl*®
Quando os meus olhos se fecharem,
da minha boca não soarem palavras ,
tudo se fará amplidão e silêncio.
Meu universo, se fará luz,
esvaindo-se no ar...
Serei poeira, nuvem num olhar,
silhueta em véu, desperta em mentes,
em horas revestidas de saudade e ilusão.
Tempo este, que não será mais meu.
Serão partes minhas, corrompidas
pelo adeus, em ecos esparsos,
zumbidos incompreensíveis,
clamores ao vento em torpe despedida.
Sei que tu viverás silente,
meu coração alado,
entre os interstícios de um verso sofrido,
saído do punho de um poeta,
que sonhou vida.
02/12/2007