Imagem- Arte Mara Pontes
TERNURA
Marlene Constantino
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“Enquanto uma canção
entoar no meu ambiente poético,
fecharei os meus olhos
para que o meu corpo inteiro
possa ouvir e se desprender
de qualquer sombra insana.
Enquanto eu me vestir de ternura
algumas linhas escreverei.
Minh’alma despertará e acenderá
todas as lamparinas do meu traço.
E mesmo não afagando todas as palavras,
em murmurinhos saltarão pelas pupilas,
tontas, inquietas,
tímidas, amarrotadas de segredos.
E, enquanto for noite
e eu tiver um sinal de vida
o coração pulsará esperança,
exaltará meus sonhos
e os meus versos jorrarão a ternura
que há em mim “.