Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos


Imagem: Arte Mara Pontes


IRREALIDADE
Marlene Constantino
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Sou sombra, faço-me nuance em vagas escurecidas,
debruçada em parapeitos de janelas, que não se abrem
forjando um cenário só de saudades incompreendidas.

Faço-me, assim, ave arredia, em asas no teu sonhar:
navegante e amante das noites em luas escondidas.
Nesta onda de mentiras, remo contrário ao teu olhar.

Faço-me, pois, iceberg a congelar o teu revolto mar,
para que nunca me alcances, torno-me fluída nuvem.
Sou somente rastros de sonhos, passam, perdem-se
e nestes insinuados momentos, não me faço imaginar.

14/09/2007


 
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 26/05/2020
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