TROPEÇOS E RECAÍDAS - Marlene Constantino - ^A^¤ Söl*®
Às vezes o coração se fecha para a poesia,
como se ela fosse a vilã dos meus devaneios.
Às vezes vejo-me de portas fechadas,
com asas quebradas, tapetes rasgados, num céu apagado.
No meu teto às vezes chove e o vento frio zomba de mim,
enquanto estrelas tentam me alegrar.
Quantas vezes minha poesia se enrola como um novelo
disperso sem ponta e sem sentido real.
Quantas vezes alguém me flagra na soleira da porta
olhando para longe, muito além deste olhar.
Agarro-me aos sonhos e devaneios para que a vida sinta
o perfume suave das coisas simples.
Não me perguntem quantas vezes eu grito,
pra que alguém me recolha dos tropeços e recaídas.
Percebo que: 'Cada momento é uma passagem,
ou um caminho a descobrir '
Cada pessoa nos mostra e nos leva a real compreensão
da nossa vida e daqueles que nos cercam.
Sinto em mim um ar de coragem e vida,
quando me pego a refletir e humanizar meus sentimentos!