Marlene Constantino

Cada pedacinhos de sonhos guardados, quando tocados renascem, voam como borboletas

Textos


Imagem: Vanda Gigo

CALADA
Marlene Constantino

Chorou à seco.
Foi de fora para dentro,
seus rios 
engolidos pelo mar.
Uma dor guardada,
sem réplica, sem queixa,
em total inércia.
Ficou assim, 
como quem se cansa 
dessa sensação
de não poder parar,
ou silenciar seu coração.
Debater-se ao vento,
ser pena solta, 
ou flor desfolhada.
Folha desgarrada na ânsia
 de viver mais um pouco
e mais nada. 
Enfim, 
deixou num tempo 
sem fim 
repousar seu lamento...
Tão quieta - Calada! 
 
13/10/2010
 
 

 
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 28/08/2016
Alterado em 10/02/2019
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